Dia 20 de Setembro, às 21h30, a 4ª temporada do short/age continua e contaremos com a presença de ambos os realizadores portugueses. É uma sessão de histórias com registos bem diferentes, mas todas elas envolventes.

“O Museu da Dona Violante”, uma obra do cineasta e investigador etnográfico João Meirinhos, leva-nos à aldeia de Barradas, no sul de Portugal, onde uma simples visita à “Lojinha da Violante” se transforma numa reflexão sobre o empobrecimento rural e as mudanças rápidas que desafiam as comunidades.

Com “Costelas”, realizada pela jovem lisboeta Ema Ramos, somos levados a acompanhar um grupo de amigos que se reúne nos últimos dias de verão, antes de cada um seguir para a faculdade no estrangeiro. Um filme sobre despedidas, capturando a melancolia e incerteza que acompanham o fim de uma etapa importante na vida.

A noite encerra com a curta-metragem turca “O Que Vem Com a Noite”, dirigida por Tahir Altuntaş. Este filme explora a primeira experiência de uma criança com a morte, centrando-se no estado de espírito de Mustafa, um rapaz de 10 anos que passa a noite na casa do avô após a morte da avó. Longe de uma abordagem tradicional, o filme captura a pureza e ingenuidade da infância, refletindo a busca de compreensão num ambiente carregado de incerteza e mistério.

Cinema que entrelaça entre conversas que enriquecem e elucidam para assistir sexta-feira no Círculo de Criação Contemporânea de Viseu – Polo 1 (Rua do Comércio, 108).

O DIA 20 de SETEMBRO: RESUMO

A segunda sessão desta quarta temporada abriu com uma pérola que João Meirinhos encontrou na aldeia de Barradas. Enquanto trabalhava noutro documentário, cruzou-se com a Dona Violante e, sem hesitar, captou a conversa que se seguiria e a essência do seu modesto museu. Um registo simples, mas capaz de cativar. Como percebemos em conversa com o realizador, esta sua atenção a lugares que parecem esquecidos é um dos motores do seu trabalho que tem atravessado o globo e levado o cinema até às zonas mais recônditas.

Seguiu-se “Costelas”, uma estreia absoluta de Ema Ramos. A jovem realizadora não se deixou intimidar pelo público curioso e foi respondendo às várias questões sobre o seu filme, algo autobiográfico, onde nos mostra momentos de despedida e mudança na vida de um grupo de jovens. Desde como fez o casting, até à escolha de legendar ou não diálogos inaudíveis, levantou-nos um pouco o véu desta sua primeira criação.

A noite não podia acabar sem uma participação internacional. Desta feita, foi a obra do turco Tahir Altuntaş — “O Que Vem Com a Noite” — que encerrou a sessão.