A sessão #17 de short/age – Shortfilms For a New Age é dedicada à obra do realizador Eduardo Brito.
Depois de ‘Penúmbria’ e ‘Declive’, duas curtas-metragens já exibidas em Viseu em sessões anteriores, trazemos a esta cidade os 3 últimos filmes de um dos mais interessantes realizadores portugueses.
Em ‘La Ermita’, uma voz interpela o viajante: “tu nunca foste a La Ermita, mas eu tenho a certeza que já lá estiveste. Quando?” Escrito e realizado por Eduardo Brito, o espectador é imerso na voz de Blanca Martín-Calero e na música de Paulo Furtado (aka The Legendary Tigerman).
A qualidade na direção de fotografia é uma das imagens de marca deste realizador, o que fica claro no seu penúltimo filme, ‘Ursula’: “Entre a cidade mais a norte do mundo, numa longa noite polar, e um lugar a sul, numa manhã nevoenta de Verão, acontece um sonho e todas as suas dúvidas.”
Esta trilogia termina com ‘Lethes’: “Há na montanha uma aldeia e na aldeia uma casa, onde Ema repete gestos e tarefas: trata da avó, caminha, lê, espera. Ali está ela, entre o isolamento e o cuidado. Até que um dia, o ciclo se quebra: o que aconteceu na casa da montanha?” Nesta que é a obra mais recente da cinematografia de Eduardo Brito, ele repete a sua assinatura na escrita e realização, mas partilha a fotografia com Luís Costa e convida Surma para criar o ambiente sonoro.
Os três filmes foram produzidos pelo ‘Bando à Parte’.

O DIA 5 DE NOVEMBRO: RESUMO

Numa sessão completamente dedicada ao trabalho de Eduardo Brito, tivemos oportunidade de assistir a três curtas-metragens do realizador onde a poesia, o ritmo pausado, as paisagens rurais e imensas, são uma marca constante do seu trabalho. Em conversa, percebemos algumas das razões por detrás dessas escolhas e de que impulsiona a criação. Falou-se deste trabalhos, mas também do que o futuro guarda, num momento em que Eduardo Brito se prepara para realizar a sua primeira longa-metragem.