​​As sessões da segunda temporada do short/age – Shortfilms For a New Age chegam ao fim sexta-feira, dia 3 de março, com a mostra de “Vórtice”, “Fora de Jogo” e “Sugar Babies” e a presença dos realizadores Guilherme Branquinho e José Freitas.
Começamos com “Vórtice”, onde acompanhamos um homem de madrugada, exausto, à procura de lugar para estacionar. Das ruas aparentemente vazias, outro condutor fá-lo irritar-se e o que parecia um exercício rotineiro transforma-se numa corrida surreal com consequências mortais. Um obra realizada por Guilherme Branquinho e interpretada por Cristóvão Campos e Isabel Abreu.
“Fora de Jogo” traz-nos a ambição de Leonardo em se tornar jogador de futebol. As expetativas dos que o rodeiam são baixas, mas a vontade em ser o orgulho da sua tia, que tanto lhe tem dado, fá-lo arriscar. Este filme de José Freitas coloca frente a frente a expetativa e realidade, a diferença entre o que queremos para nós e o que a sociedade nos impõe, num retrato cru.
A sessão fecha com uma curta-metragem realizada por Henry Shaw, “Sugar Babies”. Uma verdadeira viagem hipnótica e emocionante por Londres com dois jovens queer que procuram descobrir o que querem tanto da vida como um do outro.

O DIA 3 DE MARÇO: RESUMO
A sessão começou com Vórtice, um filme capaz de mergulhar toda a plateia numa espiral intrigante em que a trilha se emaranha e a realidade se confunde. Guilherme Branquinho contou-nos que de facto houve muitos post-its envolvidos para montar esta história, mas o trabalho não terminou aí. As preparações com os atores; os cuidados a filmar à noite e outros detalhes são o que tornam este filme um excelente exemplo de cinema.

Já José Freitas trouxe-nos “Fora de Jogo”, um filme que, mais do que tratar a paixão pelo futebol, nos fala de um jovem que procura o seu lugar na vida. Além da história, curiosa é a forma como José aborda as filmagens, quase como documentário. Explicou-nos que no campo de treino nenhum jogador sabia que se estava a fazer um filme, ou que existia um ator entre eles. Chegou ao ponto de, durante três dias antes da rodagem, ter câmaras e operadores presentes para convencer todos os presentes que se tratava de um documentário contratado pelo clube. O resultado são momentos e diálogos que confundem a fronteira entre o que é real e ficção.

A sessão fechou com Sugar Babies, de Henry Shaw, uma história de dois jovens queer que só descobrem o amor que nutrem um pelo outro depois de escolhas… questionáveis.