Sessão #26
Dia 4 de novembro, o short/age – Shortfilms for a New Age apresenta três curtas-metragens e o inesperado impera. Como será que os vários protagonistas destas obras encaram diferentes desafios, seja uma nova vizinhança, ou um novo conceito?
A sessão, que acontece na Incubadora do Centro Histórico com início às 22h00, conta com a presença dos realizadores Luís Costa e Adriana Martins da Silva.
Adriana Martins da Silva traz-nos “Upstream”. Esta curta-metragem sobre uma portuguesa emigrada na Nova Zelândia, traça vários paralelos com a vida da própria realizadora que fez a mesma viagem e se inspirou nas suas vivências para escrever este filme.
“O Nosso Reino”, escrita e realizada por Luís Costa, tem vencido vários prémios por todo o mundo e, em Portugal, conseguiu o feito de acumular o prémio de Melhor Curta de Terror Nacional e Europeia na 15ª edição do MOTELX, com o júri a salientar “a sua cinematografia etérea e a escrita e realização que revelam confiança e graciosidade, no que é uma viagem às sombras da infância e aos primeiros encontros com a morte”.
Fechamos a sessão com o filme turco “Bahçeler Put Kesildi” (Jardins Petrificados) de Ali Cabbar, uma obra que vemos da perspetiva do protagonista Yusuf. De luto pela morte do seu pai, tentará preservar a sua memória, mas pelo caminho é confrontado com algumas decisões difíceis.
O DIA 4 DE NOVEMBRO: RESUMO
De plateia repleta, começámos por assistir ao trabalho de Adriana Martins da Silva. “Upstream”, como explicou a realizadora, é a obra que mais tem de si, continuando ainda assim a tratar-se de uma ficção, uma história que desejou contar e que cruzou as suas experiências enquanto emigrante na Nova Zelândia e a comunidade local. Este foi afinal um projeto realizado naquele país e cujo carinho e afeto com que foi acolhido ajudou a tornar-se na curta que vimos.
“O Nosso Reino” é, como Luís Costa categorizou, uma espécie de poema visual. Esse formato foi talvez a melhor forma de condensar o texto original de Valter Hugo Mãe que serviu de base a esta obra. Para quem assiste, ressalta o impressionante realismo do lugar que nos transporta imediatamente para um Portugal pobre, recôndito, algures nos anos 70; a subtiliza da interpretações – que o realizador atribuiu à excelente direção de atores; a forma etérea como a câmara se movia – “como se fosse uma presença, uma entidade superior”, explicou-nos. Um filme repleto de detalhes, que espanta e comove.
A sessão terminou com a história que Ali Cabbar nos trouxe em “Bahçeler Put Kesildi” (Jardins Petrificados). Num greeting video ficámos a perceber o quão especial é esta obra para o realizador turco e, ao vê-la, somos confrontados com uma série de escolhas que Yusuf, o protagonista, tem de fazer com a herança que o seu pai lhe deixou.
QUANDO?
4 de novembro, 22h00
ONDE?
Incubadora do Centro Histórico. Viseu.
O QUÊ?
Sessão de cinema
COM QUEM?
Adriana Martins da Silva e Luís Costa
INSCRIÇÕES
shortageonline@gmail.com