Depois de duas sessões em que conversámos sobre escrita para Cinema com Tiago R. Santos e Vicente Alves do Ó, dois dos melhores argumentistas portugueses, regressamos à exibição de curtas-metragens.
A sessão #14 oferece-nos “The Womb”, filme realizado por Orkhan Aghazadeh e produzido por Anastasia Raykova, que estará presente na sessão. The Womb é uma exploração do luto e das formas que as pessoas usam para lidar com a perda de alguém querido. Após a morte da mãe, Diana refugia-se num lugar chamado “O Ventre” no interior de Portugal. Aqui, os pacientes meditam numa invulgar bolsa de parto. Embora a sua família tenha tentado apoiá-la, a jovem insiste em sofrer sozinha. Mas neste novo e estranho lugar, Diana conhece uma mulher mais velha que a ajuda a superar a sua dor e a enfrentar os sentimentos confusos de perder uma mãe.
A curta-metragem “Último Acto” será outro dos filmes em exibição. Foi realizado por Maria Hespanhol, que também assina o argumento e que estará presente na sessão. No filme, Penelope despede-se do mundo da dança interpretando “Vicky”, a personagem principal de “The Red Shoes”. O processo de saída envolve-a num sentimento de nostalgia e dúvida sobre a decisão de embarcar nesta nova fase de sua vida ou de permanecer na companhia de dança como primeira bailarina.
A sessão encerrará com “Timeline”, uma pequena curta experimental do britânico Osber Parker.

O DIA 15 DE OUTUBRO: RESUMO

A décima quarta sessão de short/age – Shortfilms for a New Age acolheu duas convidadas com muito para contar. Maria Hespanhol trouxe-nos “Último Acto”, um filme protagonizado por Maria João Bastos que interpreta uma bailarina em fim de carreira. A história, como a realizadora partilhou, nasceu de um conto que foi depois adaptado ao grande ecrã. Esse conto, por sua vez, foi inspirado pelos anos em que a própria praticou ballet e, mesmo nova, já se deixava assaltar pela possibilidade de um fim prematuro.

Depois, Anastasia Raykova apresentou-nos “The Womb” um filme que produziu e que foi realizado pelo seu colega de escola Orkhan Aghazadeh. Aliás, a história de como cresce este filme é curiosa: na cabeça de Anastasia nasceu um apontamento de uma ideia, o de falar de uma grande perda e de como se lida com ela. Rapidamente encontra a atriz certa e depois reúne o resto da equipa. Um argumentista, o realizador, direção de arte, o local, etc. Todos trabalharam à distância na ideia e planearam cuidadosamente o que pretendiam fazer assim que se juntassem em Bugaga, no Alentejo. O resultado, visto na sessão, foi muito bem conseguido.

Por fim, a sessão encerrou com a curta “Timeline”, uma obra de Osber Parker que nos faz refletir sobre o futuro quando há cada vez mais linhas que nos separam.