As extensões dos grandes festivais de cinema portugueses fazem parte da programação do short/age – Shortfilms For a New Age.
Na nossa sessão #07 trazemos a Viseu o Curtas de Vila do Conde, o maior festival de curtas-metragens português e um dos maiores da Europa.
A seleção de filmes é da responsabilidade do festival e dela fazem parte as seguintes curtas: “O Lobo Solitário”, de Filipe Melo (Prémio do Público na Competição Nacional);
“Madrugada”, de Leonor Noivo (Melhor Filme da Competição Nacional); “L’Enfant Salamandre, do Théo Dégen (Prémio Ficção).

No filme realizado por Filipe Melo (que já esteve no nosso festival com o seu trabalho anterior – “Sleepwalk”), o radialista Vítor Lobo recebe, durante o seu programa da noite da Viva FM, uma chamada de um velho amigo que quer pôr a conversa em dia. A noite será plena de emoções, muito mais do que ele poderia imaginar.
Em “Madrugada”, Leonor Noivo conta-nos a história de Maria, que começa a mostrar sinais de pertencer a outro lugar: surgem-lhe escamas na pele, raízes nas pernas, e ouve o som da água – sonha ser peixe. Um dia a sua filha depara-se com o seu desaparecimento e reconstruirá, pela memória dos gestos e desencontros, uma possível explicação para a sua fuga.
Finalmente, em “L’Enfant Salamandre”, descobrimos Florian, um rapaz que acreditava poder comunicar com os mortos através do fogo. Ele é a criatura mais estranha da aldeia onde vive. Por isso, é perseguido pelos jovens locais que o maltratam, espancando-o e humilhando-o. De tanto ser julgado como um monstro, acaba por se transformar num. O realizador Théo Dégen (Bélgica) traz-nos uma narrativa entre o surreal e o fantástico que nos coloca perante um mundo com diversas camadas, não havendo uma única que seja facilmente identificável como o momento presente, num lugar qualquer que possa ser também nosso.

O DIA 20 DE AGOSTO: RESUMO

Pela primeira vez este ano o short/age acolheu uma extensão. Desta feita foram as melhores curtas de Vila do Conde que se fizeram mostrar na Incubadora do Centro Histórico para uma sala esgotada.
A acompanhar o “Lobo Solitário”, o próprio realizador, Filipe Melo, apresentou o trabalhou e respondeu às muitas perguntas curiosas da plateia. Uma sessão inspiradora.